Dia Mundial da Luta Contra o Cancro - 4 fevereiro 2021

 

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20210204 m cancro _ PT Laboratório de João Conde - Cancer Nanomedicine
A sociedade continua a lutar contra inúmeras doenças graves e complexas, especialmente o cancro, que tem um tremendo impacto nocivo no paciente, mas também em toda a sociedade, bem como nos sistemas sociais e de saúde.
As terapias em cancro têm cada vez maior eficácia, no entanto é extremamente necessário que se desenvolvam terapias mais específicas e seletivas. É aqui que a Nanotecnologia pode fazer a diferença e trazer soluções. Os nanomateriais e biomateriais são cada vez mais usados em medicina, em particular para diagnósticos e terapia. Por exemplo, duas vacinas para o SARS-CoV-2 usam nanopartículas para fazer a entrega de RNA que ira lutar contra a covid-19.

No cancro, a Nanotecnologia é um campo em expansão com potencial para combater esta doença de forma diferenciada usando plataformas inteligentes e direcionadas que medeiam terapias altamente seletivas dentro do microambiente tumoral.
A equipa liderada por João Conde, no CEDOC-NMS, está focada em atualizar a forma como vemos e tratamos o cancro, encontrando soluções para problemas biomédicos reais e desenvolver materiais inteligentes para vencer o cancro.

Saiba mais: Laboratório de João Conde

 
 

20210204 m cancro Mama _ PT Laboratório de António Jacinto - Tissue Repair and Inflamation
Mais de 50% das doentes com cancro de mama selecionadas para quimioterapia neoadjuvante (QTN) convencional não vão responder a este tratamento, podendo mesmo desenvolver formas mais graves da doença.

Para direcionar estas doentes para tratamentos mais eficientes, evitando a sua exposição a elevadas doses de toxicidade sem um benefício claro, a equipa de Guadalupe Cabral no laboratório de António Jacinto no CEDOC-NMS, tem vindo a pesquisar novos biomarcadores preditivos da resposta a este tratamento.
Tendo em conta o papel do sistema imunitário no desenvolvimento dos tumores e na sua resistência aos tratamentos, estes investigadores focam a sua investigação nas células imunitárias presentes no microambiente de tumores mamários e no sangue das doentes, pré-tratamento. Esta equipa descobriu dois biomarcadores, de caracter imunológico, capazes de prever quais doentes, vão de facto beneficiar da QTN.
Paralelamente, como as alternativas terapêuticas à QTN são muito limitadas, estes investigadores também estão a desenvolver estratégias terapêuticas inovadoras para oferecer às doentes cuja QTN não é adequada. Assim, recorrendo a modelos 3D, que incluem células imunitárias destas doentes específicas, vão explorar como modificar estas células para que estas adquiram características semelhantes às encontradas nas células imunitárias das doentes que respondem positivamente à QTN, tornando-as assim igualmente capazes de juntamente com os fármacos que fazem parte dos regimes de QTN, contribuir para a eliminação dos tumores, melhorando a eficácia do tratamento.

Saiba mais: Laboratório de António Jacinto